Rádio Amador era a nossa Internet.

 Antes da internet, as comunicações eram limitadas, e a conectividade e interação social ocorriam por meio de festas de amigos, de bairro e da escola, correspondências, clubes de livros e coisas do gênero. Assim, as pessoas em geral se conheciam. O início era o lar, a religião, a educação escolar, as enciclopédias, as revistas, os cursos. Assim eram nossas vidas até o final dos anos 90. A faixa do cidadão aproximou pessoas que estavam bem longe, e foi sensacional. 

Estou contando uma história de um período anterior à internet, época em que o rádio amador era o nosso computador na palma da mão. Ser um operador de rádio, por regra, exigia uma licença. Havia muitas rádios piratas, chamadas de "balaieiros", pois infernizavam as outras estações.

Formavam-se grupos em comunidades, e você podia escolher um grupo e pedir licença para falar no canal. Havia vários temas e assuntos interessantes, e isso era contagiante na época. 

Os Grupos de PX eram comunidades em seus canais e faziam festas frequentes por diversos motivos, e era normal que, como agradecimento pelo comparecimento, fosse entregue um diploma. Havia muitas comemorações de aniversários de grupo, campanhas de ajuda social humanitária, festas e churrascos, uma verdadeira interação social.

Meu grupo, minha comunidade, chamava-se "Cavalheiros da Távola Redonda", e também fazíamos festas e distribuições de diplomas de conquista. 

O início dessa história, com capítulos que beiram a ficção, foi a bordo do navio da foto, quando usei o rádio amador pela primeira vez e me contagiou.

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